quinta-feira, 12 de novembro de 2009

sábado, 14 de março de 2009

Ao anoitecer

Deito-me e escuto os ruídos das janelas se mexendo
Sabia que era a senhora ventania querendo invadir minhas
Noites mal-dormidas

Naquele instante, viajava no pensamento mágico
Onde as fantasias se espalhavam rapidamente
Pelo mundo surreal procurando humanizar as coisas

Toda via volto ao fruto do inconsciente para ter
Acesso ao reencantamento do mundo mágico que
Cerca-me ao anoitecer

Finalmente encontrei a plenitude da paisagem cósmica
Onde a harmonia humana se fez presente.


Marina Rodrigues

Tempos ... passados tempos ...

Abro os olhos e acordo com certa escuridão vinda do beco
Meus olhos tentam abrir,

a escuridão é mais forte
Então fecho os olhos e começo a sonhar
Logo vem a memória dos tempos passados,

passados tempo...

Que ficaram tão perdidos,
espalhando-se com o sopro das minhas canções
Que foi tão distante arrancando cada pedaço que nunca existiu
Tempos que podiam ser bons e eternos se perderam no caminho.


E os meus olhos começam abrir levemente quebrando toda aquela escuridão
Que naquele momento impediam de abri-los
Agora consigo ver que tudo que passei não existe mais
Que as dores do passado,

o tempo virou em um lago azul

E as flores começam a nascer de novo
Agora vejo tudo muito bem
Agora a escuridão não impede mais de fechá-los


Marina Rodrigues